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Blog de perdão, alegria, afeto. Forma despretensiosa de lidar com o luto e continuar vivendo.
Citação
Ela encontra-se somente no próprio esforço
Em revelar o tesouro das profundezas de sua vida, e
se poli-lo cuidadosamente,
Desenvolverá a coragem e a esperança,
Ao longo do caminho."
Pensamento budista - Referência: Sandro Ribeiro
terça-feira, 29 de dezembro de 2009
Reflexão para a Vida
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segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
Na minha casa tem uma brabuleta
Ps.: Alguem sabe algo do Holtelino? Saudade dos quadrinhos...
sexta-feira, 6 de novembro de 2009
É seu aniversário terreno!!
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quinta-feira, 8 de outubro de 2009
domingo, 4 de outubro de 2009
Sir Sean Connery e lembranças
Sir Sean, após inumeras apresentações em filmes considerados profundos, é considerado pela crítica e todo o mundo um grande ator. Mas convenhamos, já era o máximo no 1° James Bond.
Para quem curte, sugiro ver sua aparição no filme 'O mais longo dos Dias', acerca do Dia D - invasão da Normandia, , onde fez o papel de um soldado escocês na invasão que determinou o final da 2a. Grande Guerra.
sábado, 22 de agosto de 2009
De repente

Depois de uns tempos a gente lembra de tanta coisa, como se fosse hoje. Um clarão e estamos nós com o amor antigo, das pessoas queridas, momentos vividos.
Há dois tipos de clarões : a adaga da perda, ou a lembrança querida.
Na dor, as lágrimas vêem sem o mínimo esforço e a gente ou chora, ou evita. Eu acho mais produtivo deixar esta dor ficar. Paro de falar, os olhos abertos, molhados, longe... não forço o choro, porque nem precisa. Não é um lamento, não sai um gemido - só as lágrimas caem, durante um ou dois minutos. Depois passa.
As lembranças também podem vir de repente, e esta é a melhor forma. De repente, você vê uma sala, e vc. está lá, não aqui. É uma leve fugida do atual. A gente ri...
Se quiser ver mais escritos assim, clique nas flores. Mas o navegador precisa ser internet explorer.
segunda-feira, 1 de junho de 2009
Susan Boyle
Clique no link acima: os telefones de votação foram trocados.
De toda forma, parabéns a tão maravilhosa cantora. Principalmente porque trouxe uma mensagem linda: 'Nunca se pode desistir dos sonhos'. Assim como Paul Potts, ano passado.
Os videos estão desativados para incorporação . Então aqui está o link
quarta-feira, 13 de maio de 2009
Música - minha vida
O som existe na natureza, é parte da vida. Se estiver a fim, experimente.
Retirado do site: http://www.buttonbeats.com/
ButtonBeats.com
quarta-feira, 22 de abril de 2009
O apreço não tem preço
Estar só em meio a uma situação de perda nunca estive... E você? Por favor, não se deixe estar só.
A vida é muito mais alegre compartilhada. A vida só é possível compartilhada.
Iniciei este blog devido a uma perda. Não tinha sido a primeira, mas foi a primeira nos 'quase sessenta'.
Perdi por falecimento: mãe, pai, mãe adotiva, pai adotiva, tios e tias que eu amava, avós, avôs, priminha nova, prima moça, primos moços, namorados que eu tinha tido antes de casar, amigas imorríveis, colegas da juventude...
Um grande amigo de adolescencia, companheiro de samba me escreveu quando perdi meu irmão: lembre-se dos amigos.
Graças a parentes amigos, posso novamente rir 'a bandeiras despregadas.'
Dedico este post a todos, e as minhas queridas amigas de Campinas, as que estiveram e estão super próximas.
Por favor, não permaneça solitário (a)!
terça-feira, 31 de março de 2009
Idéias fixas

Dr. Nubor Orlando Facure*
Cada um de nós é responsável pela criação do seu próprio mundo mental. Recebendo os estímulos que a vida nos oferece, construímos por conta própria as interpretações e os juízos de valores para as pessoas, os objetos e as situações que nos afetam. Dessa forma os acontecimentos da vida se arrastam árduos e penosos, para alguns. enquanto para outros, o colorido dos dias estão sempre cheios de oportunidades novas. O equilíbrio da mente, no entanto, exige vigilância para não cairmos nas armadilhas que os pensamentos podem nos fixar. Ninguém está livre de ver seus desejos contrariados, seus objetivos não concretizados, suas idéias deturpadas e sermos mal interpretados em nossos mínimos gestos. Todos esses acontecimentos podem criar mágoas e contrariedades que estacionam ressentimentos duradouros dentro de nós. É assim, que encontramos exemplos inúmeros de "idéias fixas" que nos aprisionam num processo de autoobsessão. É a jovem que se prende em conquistas mundanas e quando não tem o sucesso que espera, se revolta e se atormenta sem parar. A esposa que se retém em pequenas expressões do marido, tentando achar pistas que o ciúme faz ver infidelidade. O amigo que num pequeno descuido nas gentilezas do outro, vê sinais de rejeição. A palavra que uma cunhada pronunciou e que parece revelar inveja. A traição confirmada, que recusa esquecimento e não pratica o perdão,o remorso da palavra mal colocada que uma filha não soube interpretar.O dinheiro emprestado que o parente levou com garantias que pareciam seguras.
Marido e mulher quando se separam não imaginam que pensamentos repetitivos podem atormentá-Ios por anos. A "idéia fixa" é um turbilhão de imagens vividas. palavras já pronunciadas e ofensas repetidas que teimam em ir e voltar para dentro de nós.
Na verdade, ninguém vive sem esse diálogo interior. Nossas decisões racionais são sempre precedidas dessa conversa intema alimentada pelas nossas crenças. O comportamento humano também resulta da disposição interna que, por força da vontade própria, nos faz tomarmos determinada atitude. E as idéias fixas deterioram o diálogo interior e comprometem as iniciativas que alimentam a disposição de viver.
André Luiz** usa a expressão "monoidéia" para se referir a uma situação gravíssima de idéia fixa. O Espírito fica aprisionado a um único pensamento. Um desejo de vingança, uma frustração insupol1ável um sentimento de culpa ou um vazio monstruoso que força o perispírito a retrair-se. descorporificando suas características humanas, para se transformar numa espécie de esporo ovóide que se assemelha a formas primitivas de vida. Aprendemos, também. no "Mecanismos da Mediunidade" de André Luiz. que nos fenômenos de "ideoplastia" a energia do pensamento constrói em torno de nós o cenário que reflete o teor dos nossos desejos. Insistir com persistência numa idéia fixa de ódio ou vingança, de preocupação excessiva com a segurança econômica ou com o compol1amento dos filhos, com os títulos ou as posses dos amigos, com a partilha da herança com parentes difíceis, com os vícios que alimentam os prazeres significa construir em nossa própria "psicosfera" o ambiente correspondente aos nossos desejos. Passamos pela vida hipnotizados ou obsidiados. Felizes ou infelizes, mergulhados no circuito mental que nós mesmos construímos.
Allan Kardec em "A Gênese" ensina que o perispírito fica "impregnado" do pensamento que transmite. É por isso que a aparência de cada um de nós revela o conteúdo das idéias que alimentam nossos desejos. A alegria aumenta o brilho dos olhos e a raiva interna envelhece precocemente. O desânimo nos arqueia os ombros e fazer o bem eterniza a juventude.
Na psicopatologia, a idéia fixa é um dos maiores tormentos que o sofrimento humano pode conhecer. Ela nos dá a sensação de que vai perdurar sem alívio pela eternidade. Nos "Mensageiros" de André Luiz há um "pronto socorro" de almas endiiviadads em que Espíritos estão sofrendo por séculos, num processo "anestesiante" que as idéias fixas congelaram no tempo. O esquizofrênico das clínicas de Psiquiatria convive com o martírio perturbador de idéias distorcidas. Tudo se refere a ele - nas idéias de referência: tudo está contra ele - nas idéias persecutórias e tudo está ao seu alcance - nas idéias delirantes. No entanto, a consciência do seu distúrbio o poupa do juízo e, talvez, ele nem saiba da extensão do seu destino. Não se pode dizer o mesmo de quem cometeu um crime ou o suicídio. Em "Memórias de um Suicida",
Camilo Castelo Branco revela que nada desse mundo apaga a idéia da arma que disparou no suicídio, da locomotiva que esmigalhou os ossos ou do vazio da queda no salto para a morte.
Nenhuma mãe esquecerá, também, o dia que abandonou o filho. O criminoso estará sempre preso ao cenário da culpa. O infiel sentirá a necessidade de resgatar a confiança perdida. O falsificador não fugirá da verdade que ele mesmo vai revelar e o ladrão terá que devolver cada centavo do que se apropriou. Até que o pensamento de cada um gere novos rumos e as idéias possam fluir, nenhuma consciência viverá em paz.
A idéia fixa reflete nossa própria insanidade. A Misericórdia Divina, porém, nos concedeu a bênção da inteligência e da razão que nos permite corrigir nossos erros. A vida é uma experiência que não poupará a ninguém dos desencantos, mas nem por isso devemos cultivar o remorso, conservar a culpa ou alimentar a desesperança.
* O autor, médico neurologista, Diretor do Instituto do Cérebro de Campinas
** Referência a André Luiz, autor psicografado da literatura espírita
Outras referências: livro A REENCARNAÇAO - NQ 425
Texto com direitos autorais .: Nubor Facure, endereço internet:: lfacure@uol.com.br
Em: www.ade-sergipe.com.br/sistema/upload_dir/113906_-_Idéias_Fixas.doc -
Foto - Camuflagem (para ver autoria clique na mesma - licença Creative Commons)
Veja o artigo de psicologia correspondentem aqui ou no título
terça-feira, 10 de março de 2009
terça-feira, 3 de março de 2009
Levantar-se em Espírito para viver

Você precisa levantar-se em Espírito
Uma voz que tenho ouvido bastante....
Foto: Goito - Mântova
Arquivo de Flávia Savioli.
domingo, 1 de março de 2009
Nem a pau! Nem que a vaca tussa!
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009
Não esmoreças!

Assegurar lealdade ao rumo escolhido, uma frase do livro Mãos Unidas (Psicografia de Chico Xavier - Emanuel) - é um dever. Torna-se difícil, improvável, mas impossível não! Sejam quais forem os obstáculos, a fé raciocinada e viva no Pai, Aquele que tudo Vê, é tão entranhada, que a religião torna-se um adendo.
Acredito que esta foto tenha sido criada simbolizando a fé viva em Cristo de nosso querido e encantado Chico. O link do título leva a uma mensagem importante, diante da vida e acontecimentos difíceis... os quais, creio eu, só ocorrem porque Deus permite. Não é feitiçaria do mal, maldição ou algo assim. Não é para nos testar, por a prova, castigar, ou coisas mais. É para nos mostrar que, ao crermos n'Ele também nas circunstancias mais temíveis, somos acolhidos e acompanhados. Ele gosta de se fazer presente. Feliz de quem O sente!
Espero que a mensagem do site indicado console e fotaleça a você. Paz!
domingo, 1 de fevereiro de 2009
Conselho Aos Jovens
Que os jovens envelheçam depressa. Que admitam acima de tudo a liberdade, acima inclusive do pão. Que não sejam marginais da condição humana, isto é, escravos consentidos. Escravidão consentida é o pior sintoma de nossa época. É preciso colocar a liberdade em primeiro lugar e neurose em segundo, porque ela é uma forma de protesto. Enfim, que a juventude seja livre e neurótica. Viver rápido. Não morrer jovem. Aproveitar cada momento. Experimentar todos os gostos. Renegar a passagem dos anos. Amadurecer. Tentar amadurecer. Ser adulto é tão chato mas necessário. Acumular histórias para contar.
Descobrir suas origens de sangue. Rir muito. Despreocupar-se sempre. Empurrar as situações com a barriga. Praia. Sol. Namorar muito. Beijar muito. Amar muito. Fazer muitos amigos. Brigar com quem não presta. Criar laços eternos. Fazer um filho. Fazer muitos filhos (todos com responsabilidade e assumidos). Usar camisinha. Proteger o coração. Respeitar o coração dos outros. Sonhar em conquistar o mundo. Sonhar em viajar o mundo. Sonhar em vender coco verde na praia. Cursar uma faculdade. Admirar um velho sábio. Amar seus pais. Amar seus irmãos. Ter um cachorro. Plantar uma árvore. Plantar pelo menos um pé de arruda que seja. Montar árvore de natal, no natal. Lavar o carro do pai. Lavar a louça para a mãe.
Dizer eu te amo para quem se ama. Juntar os caquinhos. Dançar a noite toda. Ir a um baile funk. Ir a um pagode. Ir a um forró. Ir a qualquer lugar para sentir o coração pulsar. Ir ao show de rock de sua banda predileta. Juntar trocadinhos. Montar um cofrinho. Pedir proteção a Deus. Cuidar da saúde. Ler muito. Assistir muitos filmes e chorar em alguns deles. Amar música. Contar as estrelas. Admirar um ovo (você já prestou atenção no design de um ovo? É magnífico, ninguém faria melhor.). Voar com os pés no chão. Complicar as coisas. Ralar o pára-choque do carro. Levar multas (nada impossível). Respeitar a faixa de pedestres. Respeitar a natureza. Comer pão na chapa, no bar. Pastel de feira. Pipoca de pipoqueiro de porta de igreja. Comer muito chocolate.
Respirar fundo. Purificar o chakras. Alongamentos. Fazer sexo. Fazer amor. Fazer tudo junto. Ouvir as 4 estações de Vivaldi. Prestar atenção no barulho do mundo. Aprender a tocar um instrumento. Trabalhar para conquistar. Complicar. Descomplicar. Pensar antes de falar. Abrir caminhos. Ceder os ombros para um amigo. Chorar na hora certa. Enxugar as lágrimas antes que sequem e causem danos. Uma tarde só para passear. Eleger seu canto predileto da casa, do trabalho, de tudo. Passar uma tarde na casa da avó. Respeitar os deficientes e sobretudo, amá-los. Lembrar dos mortos. Tomar cuidado com alguns vivos. Cuidar da sua vida e do seu destino. Viver!
Nelson Rodrigues Retirado de: Entre Mulheres
Foto: Meninos no Balanço - C. Portinari, acervo infantil
sexta-feira, 23 de janeiro de 2009
Para as filhas de meia idade

Primaveras? Foram tantas...
Memórias, bom lembrar...
Amores tamanhos e tantos
e um só coração prá guardar...
Alguém deveria escrever sobre os sentimentos que temos na madrugada. Quantas vezes o sono não chama, e se chama, ao pousar a cabeça no travesseiro, sente-se o coração doer e não há como partilhar.
Procuramos àvidamente um bilhete esquecido, um diário, algo que se acredite que trará aquela mãe do passado, em cuja sabedoria a gente descansava o coração fatigado.
Será que ela sentia isto na minha idade? Como ela lidou com este sentimento?
Quando somos jovens não sabemos o que elas sentem no íntimo, e esquecemos que um dia teremos sua idade e poderemos não estar preparadas.
Eu tenho o diário de minha mãe. Nas minhas angustias noturnas, as vezes vou meio desesperada buscar uma palavra, um sinal de sua presença. Encontro a delicadeza de uma mulher que escrevia suas dores e alegrias, sozinha, como nós também, cada qual lidando com sua intimidade como pode e quer. Acho isto muito gentil! Gostaria de poupar aos mais íntimos esta caminhada, este processo, mas sinto que ele transparece. E ninguém pode ajudar em nada, são elaboraçoes de perdas pessoais, um tanto de medo e um tanto de desproteção perante a vida. Reparações inevitáveis com a gente mesma.
Imagem google: wind9.blogspot.com
terça-feira, 6 de janeiro de 2009
Identidades e conflitos
e étnicas no Oriente Médio *
A identidade no Oriente Médio envolve nacionalidade, etnia e religião. Em alguns casos, a denominação da nacionalidade e da etnia é a mesma.A nacionalidade pode ser egípcia, síria, israelense, palestina, libanesa, iraniana, iraquiana, marroquina, turca, curda, iraniana e saudita por exemplo. A etnia pode ser turca, árabe, persa e curda. A religião pode ser judaica, cristã e islâmica. Dentro delas, há subdivisões, como maronitas, assírios, melquitas e ortodoxos para o cristianismo, sunitas, xiitas e alauítas para islamismo. Os conflitos na região envolvem estas identidades, como é o caso da disputa israelo-palestina. Os palestinos são os árabes não-israelenses que são descendentes ou nasceram no que hoje é Israel, Cisjordânia e faixa de Gaza. Eles podem ser cristãos (em geral ortodoxos), muçulmanos (quase todos sunitas) e drusos. Logo, ser palestino implica ser etnicamente árabe, mas não necessariamente muçulmano. Muitos líderes palestinos são cristãos. Os israelenses são judeus em sua maioria, mas podem ser também muçulmanos, drusos e cristãos, além de outras minorias. A etnia é variada, pois há judeus oriundos de diversas regiões do mundo que imigraram para Israel. Inclusive alguns nativos da Terra Santa, que são tão árabes como qualquer palestino. O judaismo é uma religião, não uma etnia, assim como o cristianismo e o islamismo. Ser israelense não implica pertencer a uma etnia ou a uma religião. O conflito entre os dois lados envolve as três identidades, mas acima de tudo a nacionalista. Dizer que palestinos ou israelenses lutam por questões religiosas apenas é um erro. No Iraque, dizemos muitas vezes que o conflito envolve sunitas, xiitas e curdos. Na verdade, o correto seria afirmar árabes-sunitas, árabes-xiitas e curdos-sunitas. Afinal, os curdos compartilham do mesmo ramo do islamismo de Saddam Hussein e da Al Qaeda. A diferença é que Saddam era árabe e eles, etnicamente, curdos. Há ainda um complicador. Os curdos se enxergam como uma nação distribuída entre a Turquia, Irã, Iraque e Síria. Portanto, além de etnia, curdo também é uma nacionalidade sem Estado, como os palestinos. Portanto, no Iraque, a disputa engloba religião, etnia e nacionalidade. Já no Líbano, o conflito é sectário somente. A nacionalidade e a etnia são as mesmas. Todos são libaneses e árabes, apesar de alguns cristãos maronitas insistirem que são fenícios. A diferença entre os libaneses é religiosa. Um libanês pertende a um de 18 diferentes ramos religiosos. Vale, porém, uma observação - há, no Líbano, armênios (que não são árabes) e palestinos (que não são libaneses), mas eles não estão envolvidos diretamente no atual conflito.Algumas destas identidades surgiram apenas no começo do século 20.Até a Primeira Guerra Mundial, toda esta região era parte do Império Otomano. Não existia Síria, Israel, Líbano ou Iraque. As divisões e unificações (caso do Iraque) posteriores acabaram por produzir este novo sentimento de identidade nacional, que é o israelense, palestino, jordaniano, sírio e libanês. Hoje, no Líbano, nenhum grupo religioso defende, por exemplo, a unificação com os sírios. Aliados e opositores de Damasco, membros da coalizão 14 de Março ou do Hezbollah, todos os libaneses sempre carregam a bandeira dos cedros em manifestações.
*Jornalista Gustavo Chacra, Mestre em Relações Internacionais pela Universidade Columbia de Nova York.
sexta-feira, 2 de janeiro de 2009
Reflexão para o ano novo
"As reviravoltas das abelhas, tão rápidas e incoerentes, parecem desenhar no espaço figuras matemáticas precisas e constituem uma linguagem. Idealizo escrever um romance no qual todos os encontros que um homem tem durante a sua existência, fugazes ou importantes, conduzidos por aquilo a que chamamos o acaso, ou pela necessidade, desenhassem igualmente figuras, exprimissem ritmos e fossem o que talvez sejam: um discurso sabiamente planeado, dedicado a uma alma para que se realize totalmente, e de que esta não apreende, ao longo da vida, mais do que algumas palavras sem continuidade. Por vezes julgo abranger o sentido deste bailado humano à minha volta, adivinhar que alguém me fala através do movimento dos seres que se aproximam, se detêm ou se afastam. Depois perco o fio à meada, como toda a gente, até à próxima grande e no entanto fragmentária evidência."
( Despertar dos Mágicos - prefácio - I)