Como fiz este blog por causa de uma perda difícil, quis postar mais sobre isto, pois tem a ver com o assunto e comigo mesma.
Meu mano Loirinho
Agora que a labareda se desprendeu da minha alma e a dor se tornou minha companheira
amiga, tenho refletido mais acerca da espiritualidade maior, nestes planos nos quais estamos.
Também sei que não há pendências, embora sinta o remorso de não ter querido ouvir algumas coisas, hoje sei que eu não tinha 'alcance'.
Não fiquei perto de você nos últimos momentos, isto sim ainda dói e muito.
Se eu pudesse teria carregado todas as suas dores em vida, e teria ido no seu lugar.
Hoje tenho certeza que seu espírito estava se preparando há pelo menos uns dois anos para a separação. Relembro nossas conversas, estranhas para não espíritas, certamente no mínimo 'diálogos esquizofrênicos'.
Houve momentos neste ano que esbravejei sim, esmurrei muros, chorei na vidraça, engoli gritos, andei à noite como uma perdida, bebi 'para respirar'... Só não lavei as mãos, como escreveu Ivan Lins.*
Nosso irmão vovô continua a mão esquerda da minha mão direita... e fiquei bem mais amiga do seu último amiguinho, nosso sobrinho neto.
Continue sabendo - que eu honro sua vida assim como honrei sua morte - e que continuo procurando os castelos vienenses... e as quimeras mil da Ellis... acho que sou mais para D. Quixote do que para Dulcinéa...
Um comentário:
Belo!
Também já chorei em vidraças e esmurrei paredes... quem não o fez?
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