
..." Desde criança somos levados a crer que nossos abuelos e bisos não se curvariam, pra sempre, com as chibatadas irrefreadas dos anos e que eles seriam Titãs, do pernoite à eternidade; que o nosso mais íntimo amiguinho jamais mudaria da casa ao lado, nem da rua, nem pensar que saísse do bairro, quanto mais da cidade, do estado e siquer pensar do país.
Que nossos manos e manas entoariam, conosco e pra sempre, canções natalinas e gritos de guerra enquanto torcedores do mesmo time de futebol. Que papai e mamãe – que sempre tiveram o mesmo rosto e o mesmo corpo, desde o nosso nascimento – fizeram um pacto com o Divino e jamais envelheceriam, viveriam sempre juntos, felizes e tolerantes e nem imaginar que pudessem se separar ou desgarrar-se deste mundo sem uma sinfonia de adeus e sem construir a primeira e banal linha da epopéia do cotidiano. Tudo e todos permaneceriam como antes foram..."
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Foto: jardimdospequeninos.blogspot.com
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