Michele Winer-Davis
Se você quiser continuar com o seu casamento, leia este artigo...
O que faz exatamente um casamento durar por muito tempo? Como terapeuta que trabalha com casais e observa relacionamentos, posso lhe dizer que, a felicidade do casamento, é de modo surpreendente, imprevisível. Casais que têm familiaridade com a busca da felicidade sabem que vai depender muito de como as pessoas lidam com os altos e baixos do casamento. A maioria das pessoas passa por cinco fases, ainda que a duração de cada uma varie de casal para casal.
PRIMEIRO ESTÁGIO: A paixão vence
No começo de um relacionamento, o casal fica totalmente apaixonado, não enxerga ninguém. O mundo é só deles. Como casal, enfatiza interesses que dizem respeito aos desejos comuns. Como eles se sentem confortáveis na companhia um do outro, nesta fase, geralmente, o casal não dá muita importância para as diferenças que existem entre os dois.. Em nenhum outro tempo, o desejo e a intimidade física ganha tanta importância, euforia e intensidade. É neste estado de paixão e euforia que decidem se casar.
Dica para sobrevivência: aproveite da mágica. Contudo, reconheça que esta euforia vai passar, não vai durar para sempre. E quando a paixão eufórica começar a se desbotar, lembre-se: seu casamento não está acabando. Paixão não é a cola que gruda o casamento.
SEGUNDO ESTÁGIO: O que estava pensando?
Você cai na realidade. Começa a enxergar a diferença de interesses, de perspectivas de vida, diferenças de personalidade e de hábito. A rotina toma conta do relacionamento. Para piorarem as coisas, a atração sexual começa a desaparecer. . Ironicamente, nesta fase, os casais são obrigados a tomarem decisões que vão alterar suas vidas: Deveriam ter filhos? Quem vai ser o provedor nesta família? Aqueles que se casam pela segunda vez, encaram a dantesca responsabilidade de juntarem duas famílias e lidarem com responsabilidades do passado.
Dicas para sobrevivência: Saiba que desacordos e brigas são inevitáveis. Se puder, faça terapia de casal, ou peça auxílio a um profissional que vai lhe ajudar a facilitar a comunicação e resolver conflitos. Continue ligado um ao outro, procurando passar mais tempo juntos O diálogo sobre o que se sente, nesta fase, é crucial. Procure recuperar a paixão sexual, aliás, esta deve ser uma prioridade sua.
TERCEIRO ESTÁGIO: Você Mudou
Casais levam os primeiros cinco anos, tentando mudar seus companheiros. Quando isto não acontece, muitos se encontram numa encruzilhada. Alguns se divorciam, ou buscam relações fora do casamento. Outros, continuam no casamento por crença religiosa, por valores pessoais, por se preocuparem com as crianças, por considerações financeiras, ou até medo da solidão.. Aqueles que ficam juntos, se contentam muitas vezes, com um casamento infeliz. Enquanto outros, na mesma situação, procuram mais satisfação à sua maneira.
Dicas para sobrevivência: Lembre-se de que todo casamento passa por períodos difíceis. Procure ajuda de um profissional, um terapeuta em casais. A socióloga Linda Waite, que estudou o assunto, diz que, 86% de casais infelizes e que continuaram juntos, cinco anos depois se sentem felizes.
QUINTO ESTÁGIO: Pelo menos juntos
Este, é o período que você colhe os frutos que plantou. Os casais que dividiram uma história e um sentido de terem realizado alguma coisa. Eles apreciam suas diferenças em vez de se sentirem ameaçados por elas. Seus filhos estão criados, e eles procuram de modo mais relaxado e sem tensão, uma maneira de se ligarem um ao outro. Chegaram ao final da caminhada e fecharam um círculo.
Dicas para Sobrevivência: Procurem continuar saudáveis e ativos para que com saúde, possam colher os frutos do seu trabalho.
Do site:
Ilma Ribeiro Silva - Formada em Psicologia e Humanidades pelo Califórnia ... Dr Ilma Silva Institute of Integral Studies in San Francisco, California,
www.polw.net
Penso que para o quinto estágio poderíamos ter uma visão mais otimista. Há muitas opções, veja bem.
Se é um casal heterossexual cujos filhos cresceram, eles têm mais tempo para descobrirem o significado de estar juntos neste momento de vida. Há várias atividades e passatempos que podem ser compartilhados, e há a possibilidade também de dedicar mais tempo a si mesmo, e/ou se dedicarem a alguma causa que sensibilize. São duas pessoas inteiras, que têm seus próprios interêsses e que se encontram vez por outra em hobbies comuns. Viver junto com alguém na maturidade pode ser uma experiência esplendorosa, e dá um grande sentido a caminhada. Pode ser que não tenham tido filhos, e parece-me que para esta população, ao envelhecer, é mais fácil de continuar na cumplicidade já adquirida.
A chegada da 'idade' agora pode ser diferente, juntos ou não. Não precisamos adoecer de depressão, tédio, medo. É responsabilidade da geração 50-60-70 dar o exemplo aos mais jovens do que é viver, hoje, com sabedoria.
Comentário: Noeliza Lima, psicóloga.
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