"Estala, coração de vidro pintado!... ou ... Pobre velha casa da minha infancia querida, quem diria que me desacolhesse tanto...
Ando 'sorumbática ' e meditabunda' de novo. O que mudou no mundo familiar? Não há acalantos nem cantigas de ninar. No intimo não seremos ainda bebês? Esperamos bondade, gentileza, reconhecimento à memória que trazemos, nos gens e no sangue. Famílias de sangue... sinto o mesmo respeito que sentia quando criança. Mas deve ter faltado algo. Talvez o juramento de sangue, o cigano mesmo. . De repente, espera-se compreensão e ganha-se desrespeito. Tempos modernos? Hum... fiquei uns tempos lá, estatelada com a sinceridade cruel ressoando ... observando a solidão de se estar longe do passado, porque o amor, aquele amor, tinha passado. E depois... que remédio senão continuar vivendo? Tirei nomes, conservei os que queria. Por pura sobrevivencia. E pela primeira vez aceitei uma verdade que sempre achei correta:'se não ri e chora comigo, não é meu amigo'.
Afinal... 'Quero morrer entre rosas, porque as amei na infancia'
E assm a estorinha acaba, graças a Fernando Pessoa e na mesma poesia de Álvaro de Campos
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